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terça-feira, 25 de junho de 2013

Salvem o Guia de Turismo

Por Roberta Arb Viola


Isso mesmo! Esta é uma postagem de apelo para que o profissional Guia de Turismo seja respeitado no exercício de sua profissão.
O leigo relaciona o profissional Guia de Turismo por um prisma de lazer e julga: “Que profissão boa! Viaja o tempo todo!”.
Sim, a profissão é boa, mas todas as profissões são boas quando realizadas com amor e respeitadas, mas quero aproveitar este espaço para discorrer sobre a profissão.
Para ser Guia de Turismo é preciso fazer um curso de 800 horas de aulas que envolvem estudos profundos sobre história, geografia, pesquisas de culturas e aculturações, modalidades artísticas, cronologia e evolução das obras, artistas e seus estilos; imprescindível estudar mapas, entender modelos arquitetônicos, elaborar narrativas, ler e falar português com seus acentos, sílabas e pontuações corretas, incluir no mínimo mais um idioma em seus estudos. Sem contar o aprimoramento em relacionamentos interpessoais, conhecimentos em psicologia, legislação, expressão corporal e primeiros socorros.
Não bastam só os estudos, para ser Guia de Turismo é preciso atuar, experimentar, lidar com os imprevistos “in loco”... Que lugar é esse?  É a atuação em campo, levar grupos, interagir com fornecedores, conhecer os meios de transporte, entender de tecnologia, investir em viagens. É preciso aprimorar o olhar e o sexto sentido. Sim, sexto sentido porque para ser Guia de Turismo não basta ter o curso técnico, é preciso captar o sonho do turista e transformá-lo em realidade, em experiência única.
E então depois de tanta dedicação, depois de tanto investimento e estudos, supostos “guias de turismo” são contratados por seus discursos decorados e mecânicos para convencer turistas de lhes pagarem por sua sabedoria “local”.
Foto: www.sindegtur-am.com
Embora haja uma lei federal que oficializa a profissão, ainda falta um olhar consciente do mercado e das massas para o profissional Guia de Turismo. A fiscalização é falha e propicia a contratação de pseudoguias, seja para o trabalho de receptivo, seja para excursões ou roteiros interestaduais.


Por que isso acontece?
 
Podemos pensar em “n” motivos para esta pergunta:
§  Mão de obra mais barata,
§  Pseudoguias locais crianças, “lindinhos” falando sobre a história do local por uns trocados,
§  Falta de informação do contratante sobre a legislação.
Foto: turismandoporai.blogspot.com.br


Esclareço que este texto não tem a menor pretensão de subestimar o potencial dos pseudoguias, mas sim chamar a atenção para o processo de formação e preparo de um verdadeiro Guia de Turismo, cujo trabalho está dedicado ao interesse do turista e da divulgação e preservação dos patrimônios naturais, históricos, culturais e imateriais.
Ao contratar um Guia de Turismo credenciado, estará estimulando a capacitação dos pseudoguias, respeitando a classe e recebendo um serviço e tratamento profissional.

Salvem os Guias de Turismo!




Um comentário:

  1. Bruno, obrigada!! Sua contribuição é muito importante para a continuidade de minha formação!

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