Isso mesmo! Esta
é uma postagem de apelo para que o profissional Guia de Turismo seja respeitado
no exercício de sua profissão.
O leigo
relaciona o profissional Guia de Turismo por um prisma de lazer e julga: “Que
profissão boa! Viaja o tempo todo!”.
Sim, a
profissão é boa, mas todas as profissões são boas quando realizadas com amor e respeitadas,
mas quero aproveitar este espaço para discorrer sobre a profissão.
Para ser
Guia de Turismo é preciso fazer um curso de 800 horas de aulas que envolvem
estudos profundos sobre história, geografia, pesquisas de culturas e
aculturações, modalidades artísticas, cronologia e evolução das obras, artistas
e seus estilos; imprescindível estudar mapas, entender modelos arquitetônicos, elaborar
narrativas, ler e falar português com seus acentos, sílabas e pontuações
corretas, incluir no mínimo mais um idioma em seus estudos. Sem contar o
aprimoramento em relacionamentos interpessoais, conhecimentos em psicologia,
legislação, expressão corporal e primeiros socorros.
Não bastam
só os estudos, para ser Guia de Turismo é preciso atuar, experimentar, lidar
com os imprevistos “in loco”... Que lugar é esse? É a atuação em campo, levar grupos, interagir
com fornecedores, conhecer os meios de transporte, entender de tecnologia, investir
em viagens. É preciso aprimorar o olhar e o sexto sentido. Sim, sexto sentido
porque para ser Guia de Turismo não basta ter o curso técnico, é preciso captar
o sonho do turista e transformá-lo em realidade, em experiência única.
E então
depois de tanta dedicação, depois de tanto investimento e estudos, supostos “guias
de turismo” são contratados por seus discursos decorados e mecânicos para
convencer turistas de lhes pagarem por sua sabedoria “local”.
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Foto: www.sindegtur-am.com |
Embora haja
uma lei federal que oficializa a profissão, ainda falta um olhar consciente do
mercado e das massas para o profissional Guia de Turismo. A fiscalização é
falha e propicia a contratação de pseudoguias, seja para o trabalho de
receptivo, seja para excursões ou roteiros interestaduais.
Por que isso acontece?
Podemos
pensar em “n” motivos para esta pergunta:
§
Mão de obra mais barata,
§
Pseudoguias locais crianças, “lindinhos” falando
sobre a história do local por uns trocados,
§
Falta de informação do contratante sobre a
legislação.
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Foto: turismandoporai.blogspot.com.br |
Esclareço que este texto não tem a menor pretensão de subestimar o potencial dos pseudoguias, mas sim chamar a atenção para o processo de formação e preparo de um verdadeiro Guia de Turismo, cujo trabalho está dedicado ao interesse do turista e da divulgação e preservação dos patrimônios naturais, históricos, culturais e imateriais.
Ao contratar
um Guia de Turismo credenciado, estará estimulando a capacitação dos
pseudoguias, respeitando a classe e recebendo um serviço e tratamento profissional.
Salvem os Guias de Turismo!
Bruno, obrigada!! Sua contribuição é muito importante para a continuidade de minha formação!
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