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terça-feira, 25 de junho de 2013

Guia Turístico X Guia de Turismo

Por Daiane Mavian

Os romanos começaram a ver as viagens não somente como uma possibilidade de lazer, mas também como fonte de enriquecimento cultural e curiosidade histórica, neste contexto surgiu a obra que é considerada o primeiro Guia Turístico da humanidade: “Descrição da Grécia” – de Pausanias, escrita entre 160 e 175 d.c. A obra de Pausanias é dividida em 10 livros. Dizem que a precisão de sua obra foi comprovada por descobertas arqueológicas posteriores.
O guia de Pausanias foi utilizado pelo famoso historiador grego Heródoto como referência na viagem que culminou na famosa obra: A História de Heródoto, inaugurando assim um novo tipo de literatura: a Literatura de Viagem. Esta obra posteriormente deu-lhe o título de pai da História.

O homem sempre viajou por vários motivos, difícil dizer quem foram os primeiros, várias correntes como as peregrinações dos gregos a Olímpia, os fenícios e o que dizer dos habitantes da Caverna de Madassin, nos pirineus franceses, que saiam das cavernas para ir ao mar há 13 mil anos?
Alguns historiadores consideram Heródoto como um modelo de “turista”. Mas os feitos de Heródoto não seriam possíveis sem a ajuda dos próxenos. Os próxenos eram cidadãos designados pelo governo para receberem os estrangeiros, orientá-los e ajudá-los. Seriam estes os precursores dos embaixadores ou dos funcionários públicos de turismo.
No decorrer dos séculos as motivações das viagens passaram por várias transformações e, no século XVI começaram as viagens realizadas por jovens ricos da elite acompanhados de seus mestres ou tutores. A condição essencial para ser um tutor era conhecer o idioma e aquela cultura, para poder comentar e explicar os costumes locais. Alguns estudiosos acreditam terem sido estes tutores os antecessores do nosso atual guia de turismo.  
É imprescindível que não seja feita confusão dos termos entre o profissional guia de turismo e a 
literatura, guia turístico. 
Logicamente literatura e profissões evoluíram ao longo do tempo. Hoje os guias turísticos possuem diversos formatos, linguagens, iconografias, mas não houve mudança no objetivo da publicação.
Assim como na profissão do guia de turismo continua sendo fundamental conhecer o idioma local onde se pretende trabalhar. Os embaixadores hoje por sua vez, tem que ter disciplina, respeito às diversidades étnicas, impecável comunicação em mais de um idioma além de, ser exímio articulador de relações interpessoais.
Hoje, me parece essencial que sejamos tudo isso junto, próxenos,  tutores e por que não, também embaixadores.

Bibliografia:

PINHEIRO, Ana Elias, A longa história da informação turística: A descrição da Grécia de Pausanias. Trabalho  apresentado no IV Congresso da APEC. 2008, Evora – Portugal

 HESPANHOL, Bernadete,Turismólogo: Um olhar sobre a sua formação para atender a pessoa com deficiência. Bernadete Hespanhol. Mestrado em Educação. 2005, UNIMEP – Piracicaba/SP

foto1: lounge.obviousmag.org
foto 2: chc.cienciahoje.uol.com.br  






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