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sexta-feira, 30 de agosto de 2013

Bolívia – Forte de Samaipata – Patrimônio Arqueológico


Por Angela Cardani
 
 

 
Situado na Cordilheira dos Andes a 2.000 de altitude, declarado Patrimônio Cultural e Natural Samaipata, localizado no Parque Arqueológico de Samaipata, está visível somente 10% de toda a sua estrutura a qual se encontra oculta na floresta. Esses vestígios são da civilização Inca, porém nesse lugar existiu uma civilização anterior aos Incas: os Chanés que construíram uma vila ao redor de uma pedra que foi lapidada.  Estima-se que eles tenham habitado aquele lugar no alto dos Andes entre os anos de 800 e 1300 depois de Cristo. Neste período, numa época em que não se tinha as técnicas de construção (que depois, sim, seriam desenvolvidas pelos Incas), eles esculpiram a pedra que mede de uma ponta à outra, 220 metros para servir de abrigo e para a realização das cerimônias. Passados tantos séculos, ainda é possível ver desenhos ao longo da pedra que reforçam um pouco mais a cultura anterior aos Incas, os cultos, crenças e o estilo de vida de um período tão longínquo. Uma escultura gigante e cheia de mistérios.
Não se sabe como esta civilização desapareceu.  Ao que se acredita, não houve disputa de terras, afinal, os Incas só chegaram 100 anos (ano 1400) depois do desaparecimento dos Chanés. Com técnicas mais avançadas, se instalaram ao redor da pedra gigante. Ao contrário dos Chanés, que esculpiram, os Incas construíram – com pedras menores – as casas e toda a estrutura administrativa da vila.
O ponto foi escolhido para driblar as áreas mais planas que já eram dominadas pelos índios guaranis, exímios lutadores e conhecedores da região. Passou a ser chamado de Forte pelos os espanhóis que dominaram a região mais tarde. O Forte também tem teor místico, teor histórico, há o misticismo, é chamado “O Templo Mágico de Samaipata”, talvez pelos símbolos que foram esculpidos na pedra, que era um ponto de cerimônias. Mas o certo é que muita gente acredita que há algo especial ao redor do forte, nativos creem que o forte é o único ponto do mundo que sobreviverá ao fim dos tempos. Entre lendas e crenças, que povo andino ainda realiza rituais no alto do forte, com danças e máscaras. “Alguns grupos esotéricos vão uma vez por mês para colher a energia do lugar”. Foi sempre um local sagrado – tanto na época dos Chanés quanto depois, para os Incas, e ainda é para os andinos.


 
 

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